Entrevista com Hiroshi Tada
por Stanley Pranin
Aikido Journal #101 (1994)
Traduzido por Christiaan Oyens
Ouvi dizer que antes da Guerra e durante o período em Iwama, quando executando suwariwaza ikkyo, que é um das técnicas fundamentais do aikido, Ueshiba Sensei não permitia a oportunidade do seu oponente atacar, em vez disso ele iniciava o movimento projetando seu próprio ki...
Isto era conhecido como “cultivação do magnetismo.” Requer um senso aguçado de kokyu que chama o oponente como se este fosse um pedaço de metal sendo atraído por um imã. Existem três situações: Você se move primeiro; você e seu parceiro se movem simultaneamente; seu parceiro inicia o movimento. Na verdade a técnica é a mesma para todas estas situações e no fim, o importante é o tipo de estado interno que você mantém. Se você apenas olhar a forma externa, por exemplo, se você só vê a forma como defesa pessoal, então você não irá entender seu total significado. As técnicas têm a ver com o ki e não a simples interação de dois corpos físicos. Treinar é como um espelho refletindo a sua sensitividade com o ki. A clareza do espelho é o ponto mais importante.
Poderia falar um pouco sobre a diferença entre omote e ura?
Fisicamente falando, você usará uma técnica ura quando o seu parceiro estiver com seu pé de trás firmemente plantado. Quando seu pé de trás está em movimento, ou sem suporte, aí você irá usar uma técnica omote. Quando o teu kokyu passa livremente através do teu parceiro, você usa omote. É assim que uma técnica vira omote ou ura. Essa variação aparecia como freqüência nos ensinamentos de O-Sensei. O objetivo, porém, é de conseguir executar as técnicas em qualquer direção num raio de 360 graus. Omote e ura não foram criadas como formas pré-estabelecidas ou padrões; apenas representam a idéia de técnicas que variam livremente.
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