sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Os Homens Cegos e o Elefante

por Diane Bauerle  

Traduzido por Arthur Brant, Aizen Dojo (Brasília - DF)

Uma vantagem de estar aqui no Japão e trabalhando para Aiki News é que isso me dá a oportunidade de conhecer e conversar com tantos aikidocas visitantes e de tantos lugares diferentes. Ganho, não apenas novos amigos, mas também novas perspectivas de pessoas cujos níveis de experiência, formação, estilos e abordagens de treinos são muito diferentes dos meus. E como eu aprendo!
O canadense Bill Collins esteve em Tókio para a Demonstração “All-Japan”, e ele concedeu parte do seu tempo de treinamento para compartilhar alguns detalhes sobre a história do Aikido canadense para a próxima edição do Aiki News Encyclopedia of Aikido. Ele também falou dessa fábula/ analogia:


Seis homens cegos foram levados ao zoológico para verem um elefante. Embora eles não pudessem vê-lo, foram levados ao animal e cada um o tocou em diferentes partes. Um deles pensou que o elefante fosse uma parede; outro, uma árvore; um pensou que fosse uma corda1; o próximo, uma cobra; outro pensou que fosse um leque; e o último, uma lança. Eles disseram para si mesmos: “bom, obviamente é assim que um elefante se parece.” E eles estavam todos parcialmente certos, mas cada um deles estava errado.
Assim é o Aikido. Quando você começa a aprender o aikido, você se apega a ele de uma certa forma e diz para si mesmo “ah! isso está certo” e pratica sua técnica daquela maneira. Se você não mantiver a mente aberta, assim será o aikido, apenas uma parte do elefante.
Minha conclusão é que leva muito tempo para “juntar o elefante”. Você precisa praticar em diferentes modos, aceitando diferentes níveis de compreensão, para conseguir juntar as peças do “elefante aikido” 
1 NT: no texto original de Diane Bauerle, há a referência ao termo “worm”, ou seja, “verme”. Contudo, no texto original da fábula um dos cegos ao tocar na cauda do elefante a retrata como “rope”, ou seja, “corda”.

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